Thursday, September 01, 2005
Os nossos dias
Que tempo é este em que vivemos? Corremos numa velocidade, numa pressa, numa urgência e não chegamos nunca ao futuro. Vivemos um eterno presente enlatados numa crise pós moderna, já não é só a velha crise, que nos reduz cada vez mais a seres unos, iguais, sem imaginação nem esperança. Vivemos numa sociedade uniformizada, massificada, onde imperam o consumo e os objectos. Vivemos alienados em estruturas de vida dominadas por valores que nos roubam todo o poder de espíritos livres e criativos. O tempo passa e a vida escoa-se por entre os dias programados por outros. A nossa identidade é-nos confiscada por forças que manipulam a nossa vontade. Há um poder exercido sobre nós que nos explora e nos manipula, que nos rouba o ideal da diferença e oferece já o produto acabado. E nós qual rebanho sucumbimos e deixamo-nos guiar para um lado ou para outro.
Foi-nos prometido que teríamos mais ócio e mais paz com a tecnologia, mas esta não nos deu sossego, antes nos enfiou numa correria louca de competição, de produtividade, de lucro, de urgência! Onde queremos chegar? Quando vamos usufruir do prazer do tempo? Quando vamos viver o que há em nós de identificação com os outros, de sensibilidade ao próximo, sem que isso se transforme imediatamente numa coisificação, apenas objecto de interesse sensacionalista?
As opções da bolsa, os fluxos de capital, as implantações de silicone, a vida é isto? A depressão económica, o problema do déficit, a globalização. E mais recentemente a insegurança global, os atentados terroristas, os traumas do nosso presente. Esta é a nossa modernidade.
Até o amor mudou. O ritmo do nosso tempo acelerou o amor, materializou-o, fez desaparecer aquele seu mistério sagrado. Hoje temos controle no amor, sabemos que pode atrapalhar a vida, sabemos o que fazemos e porque o fazemos...
Onde estão os hippies do nosso tempo? Onde mora a alternativa a este nosso presente? Na internet multiplicam-se apóstolos sem mestre que apregoam uma crítica e um cepticismo brutais mas não mudam o mundo. Aceitam-no como algo irremediável.
Mas a opção tem que ser mais do que sobreviver. Não é mais possível aguentar somente o sucesso, o poder, o desempenho.. É preciso coragem e entrega nesta nova tarefa, mas precisamos reinventar um novo futuro e a mudança começa connosco, neste Presente.
Foi-nos prometido que teríamos mais ócio e mais paz com a tecnologia, mas esta não nos deu sossego, antes nos enfiou numa correria louca de competição, de produtividade, de lucro, de urgência! Onde queremos chegar? Quando vamos usufruir do prazer do tempo? Quando vamos viver o que há em nós de identificação com os outros, de sensibilidade ao próximo, sem que isso se transforme imediatamente numa coisificação, apenas objecto de interesse sensacionalista?
As opções da bolsa, os fluxos de capital, as implantações de silicone, a vida é isto? A depressão económica, o problema do déficit, a globalização. E mais recentemente a insegurança global, os atentados terroristas, os traumas do nosso presente. Esta é a nossa modernidade.
Até o amor mudou. O ritmo do nosso tempo acelerou o amor, materializou-o, fez desaparecer aquele seu mistério sagrado. Hoje temos controle no amor, sabemos que pode atrapalhar a vida, sabemos o que fazemos e porque o fazemos...
Onde estão os hippies do nosso tempo? Onde mora a alternativa a este nosso presente? Na internet multiplicam-se apóstolos sem mestre que apregoam uma crítica e um cepticismo brutais mas não mudam o mundo. Aceitam-no como algo irremediável.
Mas a opção tem que ser mais do que sobreviver. Não é mais possível aguentar somente o sucesso, o poder, o desempenho.. É preciso coragem e entrega nesta nova tarefa, mas precisamos reinventar um novo futuro e a mudança começa connosco, neste Presente.